quinta-feira, 21 de agosto de 2014

o Indochina

Meu rico Indochina que me diverti tanto naquela pista, que pulei e gritei ao som das músicas da moda, que me peguei várias vezes com o porteiro que apesar de me conhecer a léguas teimava sempre em me enervar, o que me fartei de esperar na fila da casa de banho, o que eu tropecei nas cabronas das escadas e que bom que foi descansar na esplanada.
Foi uma altura intensa da minha vida, foram três a quatro anos de verdadeira rambóiada e da boa!
A única altura em que trocava o Indochina era pela noite de quarta-feira no ladies night do Plateau (discoteca do meu coração onde acabei e me desgracei na noite da minha despedida de solteira). Mas bem, enquanto andava fervorosamente à procura de um espaço em Lisboa acabei por contactar o Porto de Lisboa porque apetecia-me aquela zona. Vista rio, acesso fácil à ponte, centro da cidade mas sem entrar de facto em Lisboa. Enfim, era ali que eu queria. Dos vários espaços que o Porto de Lisboa tem para alugar acabámos por ir ver o espaço do ex-Indochina. Quando entrei senti um frio na barriga, uma sensação tão estranha que não consigo descrever. Ao entrar pela entrada principal vejo o bengaleiro completamente destruído, as escadas que davam acesso ao piso superior sem grande parte dos degraus e os espelhos esses estavam todos partidos, parece que rebentou ali a bomba de Hiroshima. Enquanto fazia a visita com o M e a simpática senhora dou por mim a dizer "fui tão feliz nestas escadas, dancei tanto nesta pista" ao que a senhora diz "não precisa de dizer mais nada, não precisa de contar os seus pecados" hahahha pecados? Que pecado há em saír à noite e dançar até caír?
Fiquei com pena, apesar do valor estar um bocadinho acima (hahahahaha) daquilo que podemos pagar ainda comecei a ter ideias para fazer isto e aquilo, mas não, não dava mesmo. Vamos lá voltar a fechar a porta do espaço a cadeado e que venha uma alminha que cuide daquele monte de entulho que neste momento se encontra! Damn..

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